O futebol como a
gente conhece mudará nos próximos anos? A INTERNATIONAL FOOTBALL ASSOCIATION
BOARD - IFAB, órgão da FIFA encarregado de definir as regras do futebol a nível
mundial, preparou um documento – “JOGO LIMPO” - onde incluiu várias
propostas que revolucionariam o mundo da bola: jogos de 60
minutos, gol de castigo, etc. A proposta figura em um documento sobre a
estratégia de 5 anos para alcançar 3 metas no futebol: 01 - fomentar um
ambiente de respeito; 02 - evitar a perda de tempo nos jogos; 03 - fazer que o
futebol fique mais atraente. O objetivo do documento é achar uma fórmula com a
qual regras possam melhorar este esporte.
A principal
modificação que passará a ser estudada em profundidade na próxima assembleia
geral da IFAB, 03/2018, será a da modificação do tempo de jogo. A nova ideia é
disputar jogos de 60 minutos em que se pare o relógio sempre que a bola não
estiver em jogo, algo similar ao que sucede no basquete ou no hóquei sobre
patins. De acordo com alguns estudos, as atuais regras importam em "menos
de 60 minutos de tempo efetivo de jogo". Há 16 dias tivemos apenas 47
minutos de tempo efetivo de jogo na vitória da Rússia por 2X0 sobre a Nova
Zelândia, abrindo a Copa das Confederações. Este jogo em São Petersburgo
demorou 1h50m desde seu início até o apito final. Alguém contestou que um jogo
com 60 minutos de tempo efetivo faria com que as futuras partidas demorassem mais de 2 horas até o final.
Outra ideia sugere que os árbitros parem o relógio a
cada interrupção do jogo, nos momentos em mais prováveis de que uma das equipes
tente busque gastar o tempo nos últimos 5 minutos do primeiro tempo e nos
últimos 10 do segundo. Porém essa não é a única regra a ser colocada em
discussão. A IFAB analisa também outras 5 modificações:
a) - O “GOL DE CASTIGO” é o que mais barulho
vai fazer. A ideia é
penalizar com um gol (em lugar de um pênalti)
aqueles toques dentro da área que evitam um gol. b) – Mudanças nos escanteios e tiros diretos:
o jogador poderá tocar novamente a bola (e conduzi-la) sem que antes outro
companheiro a toque. c) - Faltas em
movimento: os tiros livres poderiam ser cobrados com a bola ainda em
movimento. d) – Fim da prorrogação:
só se apitará o final de um jogo quando a bola sair fora do campo de jogo, como
sucede no rugby. e) - Recuo
para o goleiro: será
marcada uma penalidade máxima e não um tiro livre indireto se o goleiro pegar a
bola com as mãos. Além de tudo isso, vai se tentar seguir com a mudança no
sistema de execução de penalidades (já adotado no Mundial Sub 20). Neste novo
formato, o time A bate um pênalti; na sequência o time B bate dois; depois, o
time A, retorna também com duas cobranças.
Enfim, não
acredito que todas as mudanças sejam incrementadas. Uma ou outra, sim.
Todas? Ainda vai levar algum tempo até que os retrógrados mentores da FIFA
aceitem mexer tanto nas regras do futebol profissional. No amador, talvez. Quem
viver, verá...