ARENA PANTANAL: ACESSIBILIDADE CONTESTADA...

E por falar em Copa do Mundo de 2014, uma análise preliminar do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA/MT no projeto da ARENA PANTANAL (estádio da Copa 2014) identificou 35 falhas em relação à acessibilidade de deficientes. Givaldo Santos, coordenador de Acessibilidade do Conselho ponderou: “Uma pessoa com deficiência não conseguirá usar o estádio da Copa em sua plenitude, o que contraria a legislação!”. O tema foi abordado em um encontro entre representantes da entidade e a cúpula técnico-administrativa da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 – SECOPA. Questionando o secretário Eder Moraes e ao adjunto de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, o representante do CREA/MT disse que o descumprimento às normas é “improbidade administrativa”: “Quando eu, enquanto agente público, deixo de fazer minha obrigação, estou cometendo improbidade!”. Um dos pontos identificados em relação à ARENA PANTANAL se refere à localização dos assentos destinados a deficientes físicos, que segundo o CREA/MT estão concentrados em um único ponto. Enfim, o tema está regulamentado no decreto nº 5.296/2004, que define acessibilidade como a “condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos”. Segundo Givaldo, o projeto da Arena é “uma afronta ao decreto”: “O projeto da Arena, do jeito que nós vimos, dá apenas certa acessibilidade, e aí é que está o erro. A acessibilidade tem que ser total!”. Outro ponto falho citado pelo Coordenador é o da configuração dos vestiários, que não estariam preparados para receber atletas com deficiência: “A área de chuveiros tem boxes pequenos, para se tomar banho em pé. Não há espaço para uma pessoa numa cadeira de rodas!”. Ele citou ainda rampas com inclinação exagerada, falta de detalhes nos projetos do estacionamento e das obras de adaptação das áreas no entorno da ARENA. No frigir dos ovos, Eder Morais (SECOPA) negou que haja falhas relacionadas à acessibilidade na ARENA e acrescentou que o projeto foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União - TCU.