CURITIBA, capital do Estado do Paraná, foi a pioneira na
implantação de ciclovias no país. Começou a construir sua rede de 118 km em
1977. À época, porém, elas visavam o lazer, ligando o espaço urbano a parques e
bosques da cidade. Ao longo da década de 1980, a rede cresceu, mas as vias
mantiveram o perfil prioritário de espaços para lazer. Em Curitiba, é comum ver
ciclistas disputando espaço com os ônibus biarticulados nas pistas exclusivas
do transporte público ("canaletas"). Não houve mudanças de traçado
nas ciclovias para o centro e os estacionamentos públicos para bikes (paraciclos),
ficam em locais onde não há ciclovias. Para chegar até eles, é preciso trafegar
pela rua. Por isso, o número de acidentes é alto. A prefeitura então tratou de
construir opções para quem usa a bicicleta como meio de transporte. Inaugurada
em 2011, a ciclofaixa da avenida Marechal Floriano Peixoto (ligando o centro ao
Boqueirão, na região sul) foi alvo de protestos. O motivo é por conta de alguns
trechos terem apenas 0,75 m de largura, metade da distância mínima que veículos
devem manter dos ciclistas, segundo o Código de Trânsito Brasileiro. Na avenida
Toaldo Túlio, na região oeste, a ciclovia corre sobre a calçada, é
compartilhada com pedestres existem vários pontos de ônibus sobre o leito da
via para bicicletas. A Prefeitura de Curitiba promete investir mais de R$ 90
milhões na implantação do novo Plano Diretor Cicloviário que vai contemplar 300
km de vias cicláveis, das quais 90 km de ciclorrotas, 80 km de vias calmas e
130 km de vias cicláveis (entre ciclovias, ciclofaixas e passeios
compartilhados entre pedestres e ciclistas). A avenida Sete de Setembro,
ligação norte-sul da cidade, ganhará a primeira das chamadas "vias
calmas" com 6,3 km. Os ciclistas passarão a transitar pelo lado direito da
via, sobre área demarcada em linha tracejada onde a velocidade máxima permitida
para carros e motos será de 30 km/h. Além de ampla sinalização horizontal e
vertical, haverá a instalação, a cada 60 metros, aproximadamente, de lombadas que
obrigam os veículos automotores a reduzir a velocidade. Um projeto de aluguel
de bicicletas foi fechado após alguns meses de funcionamento em 2 quiosques
instalados às margens de ciclovias da cidade por falta de interesse dos
usuários.
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