23/09/2013

CURITIBA - O BOM EXEMPLO DAS CICLOVIAS


CURITIBA, capital do Estado do Paraná, foi a pioneira na implantação de ciclovias no país. Começou a construir sua rede de 118 km em 1977. À época, porém, elas visavam o lazer, ligando o espaço urbano a parques e bosques da cidade. Ao longo da década de 1980, a rede cresceu, mas as vias mantiveram o perfil prioritário de espaços para lazer. Em Curitiba, é comum ver ciclistas disputando espaço com os ônibus biarticulados nas pistas exclusivas do transporte público ("canaletas"). Não houve mudanças de traçado nas ciclovias para o centro e os estacionamentos públicos para bikes (paraciclos), ficam em locais onde não há ciclovias. Para chegar até eles, é preciso trafegar pela rua. Por isso, o número de acidentes é alto. A prefeitura então tratou de construir opções para quem usa a bicicleta como meio de transporte. Inaugurada em 2011, a ciclofaixa da avenida Marechal Floriano Peixoto (ligando o centro ao Boqueirão, na região sul) foi alvo de protestos. O motivo é por conta de alguns trechos terem apenas 0,75 m de largura, metade da distância mínima que veículos devem manter dos ciclistas, segundo o Código de Trânsito Brasileiro. Na avenida Toaldo Túlio, na região oeste, a ciclovia corre sobre a calçada, é compartilhada com pedestres existem vários pontos de ônibus sobre o leito da via para bicicletas. A Prefeitura de Curitiba promete investir mais de R$ 90 milhões na implantação do novo Plano Diretor Cicloviário que vai contemplar 300 km de vias cicláveis, das quais 90 km de ciclorrotas, 80 km de vias calmas e 130 km de vias cicláveis (entre ciclovias, ciclofaixas e passeios compartilhados entre pedestres e ciclistas). A avenida Sete de Setembro, ligação norte-sul da cidade, ganhará a primeira das chamadas "vias calmas" com 6,3 km. Os ciclistas passarão a transitar pelo lado direito da via, sobre área demarcada em linha tracejada onde a velocidade máxima permitida para carros e motos será de 30 km/h. Além de ampla sinalização horizontal e vertical, haverá a instalação, a cada 60 metros, aproximadamente, de lombadas que obrigam os veículos automotores a reduzir a velocidade. Um projeto de aluguel de bicicletas foi fechado após alguns meses de funcionamento em 2 quiosques instalados às margens de ciclovias da cidade por falta de interesse dos usuários.

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