Na opinião de jornalista mais conservadores, de servidores concursados e de defensores do instituto da “ficha-limpa”, o recurso da nomeação de comissionados, bem como a utilização de serviço terceirizado por qualquer órgão público, é uma baita da anomalia. Só serve mesmo para mascarar uma série de ilicitudes que todos os brasileiros conhecem de sobra. É a Administração Pública caminhando no fio da navalha. A desculpa principal para que exista é de que ajuda o administrador recém empossado a trabalhar com gente de sua confiança e competente. Pergunta-se: por acaso os servidores de carreira, que estudaram para prestar um concurso cujo mote era a formação e a constituição do órgão a qual se destinaria o aprovado não são competentes. Nem são de confiança? E mais, os “apadrinhados” com uma nomeação, estas “marias-candelárias”, pára-quedistas, oportunistas de plantão, além de receberem, em certos casos, até o triplo para fazerem o mesmo serviço (para o qual geralmente nem sabem por onde começar), chegam nas repartições que (geralmente) vão ‘comandar’ mudando toda a estrutura da organização, comprando novos móveis, decorando suas salas, trazendo suas “secretárias particulares”, modificando toda a rotina de trabalho, gastando muita gasolina, telefone, usando e abusando dos carros oficiais, além de se locupletar com polpudas diárias. Muitas vezes, pouco tempo depois, essa gente pede transferência, é substituída, vai embora, e, por falta de adeus, não deixa nem um até logo. Pepinos e abacaxis, isso sim, eles deixam, não levam. Fica tudo para o pobre coitado do quadro efetivo resolver. Quando está quase tudo sob controle, acontece nova eleição. Daí recomeça-se do zero. Novo ‘pelego’ nomeado, novas rotinas, novos gastos, etc, etc. Não é mesmo um prejuízo? É dinheiro fugindo pelo ralo. Como bem diz a moçoila da propaganda: “P’ra quê meu Deus? P’ra quê?”...