VLT OU BRT? DILEMA CUIABANO...

DiárioDeCuiabá

Até que sejam esclarecidos pontos como tarifa, validade do passe livre estudantil e integração com linhas de ônibus, não é possível estimar os benefícios do VLT em Cuiabá, capital de Mato Grosso (MT) para a população que mais utiliza o transporte coletivo. A avaliação consta do Estudo de Impactos Ambientais – EIA da obra que foi divulgado pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo FIFA 2014 - SECOPA. O documento diz que o novo modal irá modernizar e solucionar impasses no transporte público de Cuiabá, MT, mas aponta a necessidade de urgente definição do sistema tarifário. Ainda existem incertezas para que se possa concluir que esses benefícios serão garantidos a quem de fato usa e depende do transporte público, como trabalhadores e estudantes. O VLT de Cuiabá terá 22,18 quilômetros de trilhos, com 33 estações, 3 terminais de integração com ônibus, sede, além de um pátio ferroviário de estacionamento. A obra, orçada em R$ 1,5 bilhão, prevê um total de 11 obras viárias de grande porte ao longo das 2 linhas previstas (Aeroporto/CPA e Centro/Coxipó). O EIA diz que a execução deste volume de obras, previsto para entrega em março de 2014, será um grande desafio técnico - por se tratar de um feito inédito no Brasil, nos moldes em que esse empreendimento foi licitado e logístico - porque seu prazo de construção exigirá uma perfeita sintonia da equipe técnica envolvida. O EIA, elaborado pelo Instituto Naturae – INAE, terá seus resultados discutidos em audiências públicas marcadas para setembro. O primeiro estudo sobre mobilidade urbana encomendado pelo governo indicava o BRT - sistema com faixas exclusivas para ônibus, como o mais adequado para Cuiabá. O EIA, porém, aponta o VLT. Em uma análise comparativa com 20 itens, o VLT foi considerado superior em 15, principalmente em itens como “qualidade e eficiência”. Se considerarmos “atendimento a demanda”, “tempo de deslocamento” e “quantidade de empregos atraídos”, BRT e VLT se equivalem.