O governador de MATO GROSSO, MT, SILVAL BARBOSA (PMDB), declarou-se vítima de fraude no episódio da compra de uma área de 4.235 hectares registrada em nome de um cacique da etnia terena, no município de Peixoto de Azevedo (MT) (700 km de Cuiabá). Em nota à imprensa, SILVAL diz ter sido procurado por um corretor de imóveis que lhe ofereceu a área, que segundo ele seria usada como reserva legal. Após a realização do negócio, descobriu [em 2010] que tinha sido vítima de uma fraude aplicada pelo vendedor com a conivência do notário local. Por isso, não tomou posse do imóvel e suspendeu o pagamento das parcelas ajustadas. Segundo SILVAL, além de constatar que o documento era irregular, descobriu que o vendedor não era agricultor como constava na escritura. O governador de MT seria, portanto, adquirente de boa fé, pois o documento oferecido tinha fé pública de um cartório de registro de imóveis, sendo inclusive declarado em seu imposto de renda. Descobriu a fraude, não tomou posse do imóvel e fez o distrato que foi assinado pelo vendedor. CIRÊNIO REGINALDO - o cacique TERENA que nega participação no negócio - estaria, para SILVAL, tentando "livrar-se da responsabilidade pelo ato". A pedido do MPF/MT - Ministério Público Federal de MT, a Justiça Federal de Mato Grosso deu ordem de busca e apreensão de documentos em 2 cartórios do município de Peixoto de Azevedo para investigar a negociação de terras entre o governador e o cacique. O MPF/MT suspeita que o imóvel tenha sido objeto de grilagem de terras federais. Bem, como está nas mãos da justiça, vamos ver como vão descascar mais este “abacaxi”...