21/01/2025

BANHO, BEBIDA & VELÓRIO...

 

Com este calor senegalês que torra Campo Grande – 40 graus - na capital deste Estado do Pantanal, todo mundo sonha em achar um lugar refrigerado para descansar seu suado corpo. Tomar um banho então seria unir o útil ao agradável...

Diga-me, você já parou para pensar em como as coisas costumavam ser em 1502, logo depois que Cabral descobriu o Brasil ?

O banho era anual. A maioria dos casais se casava em junho porque grande parte da população tomava seu banho anual em maio; em junho, ainda cheiravam bem...

Quando chegava o dia do casamento, como já começavam a cheirar mal, as noivas carregavam um buquê de flores para esconder o odor corporal. É foi assim que nasceu o costume (de hoje em dia) das jovens nubentes portarem um buquê no dia do casamento...

Mas você sabe como eram os banheiros? Não passavam de uma grande banheira cheia de água quente. O dono da casa tinha o privilégio de tomar banho com a água ainda limpa. Depois vinham as crianças do sexo masculino, depois as mulheres. Por último, vinham os bebês...

É claro que, aquela altura, a água estava tão suja que nela dava para se esconder alguém. Daí o ditado: "Não jogue o bebê fora com a água do banho!" O chão era de terra batida. Só os ricos tinham algo além daquela suja e fétida poeira. Isso acabou criando o adágio: "pobre sujo"...

Nos idos do século XV era costume os populares conservarem, na cozinha, uma grande chaleira estrategicamente colocada sobre o fogão à lenha. Todos os dias, se acendia o fogo e se adicionava pertences à panela, principalmente legumes, já que quase não existiam açougues, muito menos carne...

Pior, naqueles dias, cerveja e/ou uísque eram servidos em copos de chumbo. A combinação de álcool com metal às vezes mantinha os bebuns em estado de letargia plena por muitas horas. Às vezes um incauto vizinho, ignorando tal situação, pensando que estavam mortos, os preparava para o enterro. Os “falecidos fakes” ficavam na mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava esperando, em vão, para ver se acordavam...

E foi assim que nasceu o costume de se realizar um velório...

Meninos... Eu vi !!!

***Jair Buchara***


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