20/07/2023

SENADORES E DEPUTADOS QUEREM O IMPEACHMENT DE BARROSO...


            A declaração sobre a 'derrota' do bolsonarismo é o ponto central do pedido de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso - protocolado nesta quarta-feira, 18/07. O documento foi abastecido por outras falas do magistrado que incomodam os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. 12 senadores e 70 deputados que subscreveram o texto turbinaram a solicitação demonstrando incômodo com sobre outras duas frases do magistrado: "Nós é que somos os poderes do bem" e "Perdeu, mané".

A primeira declaração ocorreu em abril de 2022, após comentários de outros participantes sobre uma eventual vitória de Bolsonaro nas eleições de 2022, quando Barroso palestrando na BRAZIL CONFERENCE, organizada pela universidade de Harvard, afirmou: "..., mas é preciso não supervalorizar o inimigo. Nós somos muito poderosos, nós somos a democracia. Nós é que somos os poderes do bem, nós é que ajudamos a empurrar a história na direção certa"...

Para os parlamentares aliados do ex-presidente, a declaração se deu em um contexto de 'repetição de chavões da histeria antibolsonarista' sustentando uma 'visão moralista da política, com veios messiânicos, que identifica o "eu" com o bem, e o "outro" com o mal'...

Ao mencionarem a fala de Barroso na BRAZIL CONFERENCE, os aliados de Bolsonaro dizem que, no caso, não é possível usar a desculpa de que as afirmações se deram como resposta a provocações, como no episódio do “Perdeu, Mané”. Frase proferida por Barroso após ser hostilizado em Nova York, em novembro de 2022.

Na petição do dia 19, deputados e senadores atribuem a Barroso suposta incidência em dois crimes de responsabilidade: “exercer atividade político-partidária” e “proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções”...

O pedido de impeachment de Barroso ainda menciona outras declarações de Barroso. O ponto central do documento de 32 páginas é a afirmação "nós derrotamos o bolsonarismo". Para os parlamentares, a fala, dita na quarta-feira, 12, “fere de morte a democracia”. Ela foi proferida durante congresso da UNE, após um grupo chamá-lo de 'inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016' tendo o ministro retrucado: "Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas"...

Nos últimos 5 anos, Barroso já foi alvo de 17 pedidos de impeachment no Senado. Apesar de a Constituição prever a possibilidade de afastamento de um ministro do STF, desde que ele foi criado, há 132 anos, nenhum ministro perdeu a cadeira por impeachment.

Meninos... eu vi !!!

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