Após três meses morando na Flórida
(EUA), o ex´-presidente JAIR BOLSONARO desembarcou em
Brasília na manhã desta quinta-feira (30). Ele era aguardado por apoiadores e,
principalmente, membros da classe política que o enxergam como o líder
presumido da oposição ao governo de LULA.
Entre fatores que contribuem para que
Bolsonaro encabece a oposição ao governo está o saldo da eleição passada. Mesmo
perdendo o pleito presidencial, obteve mais de 58 milhões de votos (49,1%). Além
disso, seu partido conquistou a maior bancada da Câmara dos Deputados e a
segunda maior do Senado Federal, com 99 deputados e 12 senadores,
respectivamente.
Isso não significa, no entanto, que Bolsonaro
terá uma vida fácil no Brasil, visto que pesam contra ele inúmeros inquéritos em diferentes instâncias da Justiça, inclusive
na Justiça eleitoral.
Bolsonaro tem condições de ser o nome
mais relevante na oposição ao governo, mesmo não tendo um cargo representativo
e enfrentando processos. A força que tem nas redes sociais e o potencial
impacto de seu retorno, tem potencial de afetar negativamente a agenda de Lula,
visto que a base governista é insuficiente para aprovar medidas especificas,
implicando na necessidade do apoio de partidos que apoiaram sua reeleição.
Bolsonaro assumirá a cadeira de honra
do Partido Liberal (PL), com um salário mensal de R$ 41,6 mil. Na avaliação da legenda,
a volta do capitão é fundamental para impulsionar o partido, sobretudo nas
eleições municipais em 2024. Vai liderar a oposição e rodar o Brasil pregando
os valores liberais do PL, ajudando a estruturar seu crescimento.
Sua primeira missão será ajudar seu partido a sair dos pouco mais de 300 prefeitos para mais de 1000 prefeitos em 2024. A expectativa do PL é que Bolsonaro faça um trabalho profícuo de articulação política da oposição, retomando logo sua notória liderança e influência política.