05/08/2018

FESTIVAIS EM MS: SEPARANDO O JOIO DO TRIGO...


Os colunistas do jornal Correio-do-Estado – Ester Figueiredo/”Diálogo”; Carlos Voges/coluna – e também o jornalista Alex Fraga/”BlogDoAlex” – estão devendo, no mínimo, um formal pedido de desculpas aos servidores de MS (efetivos/concursados) que trabalham na Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul – FCMS.
Acontece que nos dois últimos eventos promovidos por este Estado do Pantanal em Corumbá/”Festival América-do-Sul” e Bonito/”Festival de Inverno”, tais colunas comentaram maliciosamente, entre outras coisas, que estranhavam o grande número (bem como o comportamento) dos servidores da “Fundação de Cultura” espalhados ociosamente pelas ruas daquelas duas cidades. Cobravam desde o excesso de lotação nos hotéis, a ociosidade daquele pessoal, até mesmo o “oba-oba” que propiciavam abordando os artistas convidados, inundado as redes sociais com “selfies” sacadas em horário comercial em bares e locais turísticos.
O fato é que os servidores do quadro efetivo da FCMS que estiveram dizendo presente nos dois festivais citados, tiveram suas presenças exigidas por suas gerências e compareceram obrigatoriamente, durante o horário comercial e até extrapolando os mesmos, cumprindo exigências legais...
Bastaria aos ilustres colunistas terem pedidos a seus estagiários para  que cobrassem, às épocas, junto aos organizadores dos eventos e seus cerimoniais, o acesso às relações dos servidores disponibilizados, dos artistas contratados e dos artistas “convidados”, tomando conhecimento de quais pessoas estavam efetivamente trabalhando e quais estavam por ali simplesmente fazendo turismo ecológico ou de contemplação...
Os conceituados colunistas teriam ainda que levar em consideração que o prédio todo do Memorial da Cultura, na capital, abriga em seus 6 (seis) andares, além da FCMS (no 4º), a SECC - Secretaria do Estado de Cultura e Cidadania e suas 3 (três) subsidiadas/subsidiárias. Abriga também a UBE/MS e um museu da UFMS. Quase todo o pessoal suportado por aquele prédio esteve circulando pelos meandros dos eventos até como convidado. Faz-se questão de lembrar que, no Memorial, a grande maioria (comissionada/nomeada) é filiada ao PPS ou membro de seus diretórios locais. Em conjunto extrapola, proporcionalmente, o número de efetivos. Talvez aí resida a resposta para a indagação da causa do número excessivo de credenciais generosamente distribuídas e aleatoriamente exibidas nos hotéis e ruas de Corumbá e Bonito...
Enfim, senhores redatores, o papel aceita tudo. Contudo seria benéfico, em nome do bom jornalismo, que quando da realização dos futuros eventos culturais, a mídia saiba onde buscar subsídios para separar o joio do trigo e não misturar no mesmo saco farinhas de rendimentos diferentes...
Tomara ainda que o futuro governador eleito ao tomar conhecimento dessas eventuais distorções tenha o discernimento necessário para providenciar junto aos novos comandantes da SECC/FCMS as respectivas correções...
Os servidores da Fundação de Cultura de MS, com certeza, já estão torcendo para que isso aconteça...