23/04/2014

COPA EM CUIABÁ - PRAGA DE CAMPO-GRANDENSE PEGA?


JULIANA ARINI, jornalista da revista “ÉPOCA”, em outras palavras afirma que nesta Copa do Mundo de 2014 o sorteio das chaves não favoreceu CUIABÁ, capital de Mato Grosso: sediará 4 partidas inexpressivas para o futebol mundial. Diz que o caos que CUIABÁ vive não pode ser creditado à falta de sorte. Em 2009, o governador BLAIRO MAGGI falava em avançar 40 anos em 5. O projeto parecia excelente. A ARENA PANTANAL seria uma das mais baratas da Copa - R$ 420 milhões. Para a Copa, Cuiabá receberia investimentos de R$ 2,5 bilhões, parte na forma de empréstimos feitos à MT pela Caixa e pelo BNDES. Reformaria o aeroporto, faria obras viárias, resolveria a mobilidade urbana com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Hoje a comparação entre intenções e o que foi realizado sinaliza um fracasso. Das 56 obras prometidas, só 14 serão inauguradas a tempo, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Quem desembarca em VÁRZEA GRANDE (foto), aeroporto internacional, encara um lamaçal, uma paisagem lunar. Uma imensa cratera cercada por materiais de construção onde transitar é uma aventura. É preciso pular tapumes, atravessar poças de lama em pequenas pontes improvisadas de compensado, e mofar à espera dos poucos táxis existentes. Custeada com os recursos federais, a obra, orçada em R$ 100 milhões, já recebeu uma advertência do TCU por sobrepreço – R$ 11 milhões. Pior: está longe de ser concluída. A responsável, ENGEGLOBAL, avisou que o aeroporto não ficará pronto até a Copa. VLT só em 2017. Por seu custo elevado (R$ 1,2 bilhão), o governador BLAIRO MAGGI era contra. Preferia o BRT, ônibus em faixas exclusivas. Sairia mais barato (R$ 700 milhões). O Deputado Estadual José Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa, queria VLT. Venceu, mas nem comemorou. Foi afastado da Assembleia Legislativa de MT em 2013 por suposto desvio de R$ 2,6 milhões. O VLT foi acusado de se beneficiar do Regime Diferenciado de Contratação (criado para apressar as obras da Copa) - mesmo sabendo que não ficaria pronto para o Mundial - sendo dispensado de apresentar o projeto executivo formal. Liberado por liminar, o VLT detonou o trânsito cuiabano. Avenidas foram interditadas, árvores cortadas, e o comércio da Avenida da Prainha (no Centro Histórico), foi isolado causando prejuízos aos lojistas. A ARENA PANTANAL já devorou R$ 570 milhões. Pode chegar aos R$ 600 milhões. Seu atraso supera 3 meses, com suspeita de superfaturamento nas cadeiras. A média de público do LUVERDENSE, melhor time de MT, é de 5.000 pessoas/jogo. Para evitar a síndrome de “elefante branco”, a ARENA deverá ser privatizada, correr atrás de megashows para sobreviver. JULIANA finaliza: “Somando o estádio sem público, o aeroporto enlameado e os bondes embargados, o legado da Copa para Cuiabá, que prometia ser auspicioso, pode se limitar à lembrança de um período de muita confusão – além de jogos memoráveis, como BÓSNIA X NIGÉRIA!!!”. 

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