JULIANA ARINI, jornalista da revista
“ÉPOCA”, em outras palavras afirma que nesta Copa do Mundo de 2014 o sorteio das chaves não favoreceu CUIABÁ, capital
de Mato Grosso: sediará 4 partidas inexpressivas para o futebol mundial. Diz
que o caos que CUIABÁ vive não pode ser creditado à falta de sorte. Em 2009, o
governador BLAIRO MAGGI falava em avançar 40 anos em 5. O projeto parecia
excelente. A ARENA PANTANAL seria uma das mais baratas da Copa - R$ 420
milhões. Para a Copa, Cuiabá receberia investimentos de R$ 2,5 bilhões, parte
na forma de empréstimos feitos à MT pela Caixa e pelo BNDES. Reformaria o
aeroporto, faria obras viárias, resolveria a mobilidade urbana com o VLT (Veículo
Leve sobre Trilhos). Hoje a comparação entre intenções e o que foi realizado sinaliza
um fracasso. Das 56 obras prometidas, só 14 serão inauguradas a tempo, segundo
o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Quem desembarca em VÁRZEA GRANDE (foto),
aeroporto internacional, encara um lamaçal, uma paisagem lunar. Uma imensa
cratera cercada por materiais de construção onde transitar é uma aventura. É preciso
pular tapumes, atravessar poças de lama em pequenas pontes improvisadas de
compensado, e mofar à espera dos poucos táxis existentes. Custeada com os
recursos federais, a obra, orçada em R$ 100 milhões, já recebeu uma advertência
do TCU por sobrepreço – R$ 11 milhões. Pior: está longe de ser concluída. A responsável,
ENGEGLOBAL, avisou que o aeroporto não ficará pronto até a Copa. VLT só em 2017.
Por seu custo elevado (R$ 1,2 bilhão), o governador BLAIRO MAGGI era contra. Preferia
o BRT, ônibus em faixas exclusivas. Sairia mais barato (R$ 700 milhões). O Deputado
Estadual José Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa, queria VLT. Venceu,
mas nem comemorou. Foi afastado da Assembleia Legislativa de MT em 2013 por
suposto desvio de R$ 2,6 milhões. O VLT foi acusado de se beneficiar do Regime
Diferenciado de Contratação (criado para apressar as obras da Copa) - mesmo
sabendo que não ficaria pronto para o Mundial - sendo dispensado de apresentar
o projeto executivo formal. Liberado por liminar, o VLT detonou o trânsito
cuiabano. Avenidas foram interditadas, árvores cortadas, e o comércio da
Avenida da Prainha (no Centro Histórico), foi isolado causando prejuízos aos lojistas.
A ARENA PANTANAL já devorou R$ 570 milhões. Pode chegar aos R$ 600 milhões. Seu
atraso supera 3 meses, com suspeita de superfaturamento nas cadeiras. A média
de público do LUVERDENSE, melhor time de MT, é de 5.000 pessoas/jogo. Para
evitar a síndrome de “elefante branco”,
a ARENA deverá ser privatizada, correr atrás de megashows para sobreviver. JULIANA
finaliza: “Somando o estádio sem público, o aeroporto enlameado e os bondes
embargados, o legado da Copa para Cuiabá, que prometia ser auspicioso, pode se
limitar à lembrança de um período de muita confusão – além de jogos memoráveis,
como BÓSNIA X NIGÉRIA!!!”.
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