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[MidiaNews-MT] |
CARLOS FERNANDO DA CUNHA COSTA, da
Delegacia Especializada em Crimes Contra a Fazenda Pública (DEFAZ), classificou
o rombo de R$ 500 milhões nos cofres públicos de MATO GROSSO, apurado na OPERAÇÃO CARTAS MARCADAS, como
"um escândalo maior que o Mensalão". A Polícia Civil indiciou 20
pessoas acusadas de envolvimento no esquema de fraudes na emissão de cartas de
crédito à Agentes da Administração Fazendária (AAF) da Secretaria de Estado de
Fazenda (SEFAZ). Em entrevista à TV
Centro América (Globo/4) o delegado CARLOS disse: “Observamos, a
todo instante, comentários a respeito do escândalo do MENSALÃO. Se fizermos uma
análise comparativa, o escândalo em
Mato Grosso ultrapassa em mais de 100% o dano ao tesouro estadual em relação ao
que ocorreu no âmbito federal”. Os envolvidos
no esquema tinham padrão de vida elevado e alguns deles chegaram a ter 6
veículos de luxo, que custavam em torno de R$ 300 mil cada. Também compraram
imóveis de luxo em praias como Jurerê Internacional, em SC. De acordo com o
inquérito da Polícia Civil, a fraude nasceu do pagamento em certidões de créditos a um grupo de AAFs, oriundo
de um acordo trabalhista feito entre o Governo do Estado e a categoria, em
2008. Pelo acordo, seriam expedidas 2 certidões de créditos aos
servidores. Entretanto, foram emitidas 7, das quais cada servidores
recebeu apenas 3. O restante (ou seja, 4 delas) acabou sendo retirado junto à
Secretaria de Estado da Administração (SAD) por representantes legais
constituídos pela categoria, sem que os verdadeiros titulares
soubessem. De um total de R$ 647,8 milhões emitidos para quitar a dívida
trabalhista, R$ 493,9 milhões foram considerados indevidos. Outro delegado ROGERS
JARBAS afirmou que o esquema envolvia parte do alto escalão do Governo de Mato
Grosso e membros do Poder Legislativo, já indiciadas pelos crimes de violação
de sigilo funcional, falsificação de papéis públicos e formação de quadrilha: EDER
MORAES (secretário da Fazenda na época dos crimes), GILMAR FABRIS, AGLISEY
VOLCOV (esposa do deputado), os advogados ROGÉRIO SILVEIRA e OCIMAR CAMPOS, e
ainda ENELSON NONATO, JOSÉ CONSTANTINO CHOCAIR JUNIOR, e ENILDO MARTINS DA
SILVA. Da PROCURADORIA GERAL DO ESTADO, foram indiciados por esses
crimes JOÃO VIRGÍLIO DO NASCIMENTO FILHO (então procurador-geral), DORGIVAL
VERAS DE CARVALHO (então procurador-geral de Estado) e NELSON PEREIRA DOS SANTOS
(então subprocurador-geral). Também foram enquadrados nesses crimes vários
dirigentes sindicalistas ligados à AAF). Outros 6 foram indiciados pela prática
do crime de falsificação de papéis públicos: o ex-secretário EDMILSON J. DOS
SANTOS, IZAIAS CAMACHO BARROS, ANTÔNIO LEITE BARROS, DILMAR PORTILHO MEIRA
(procurador do Estado), GERSON VALÉRIO POUSO (procurador do Estado) e MARIA
MAGALHÃES ROSA (à época procuradora-geral do Estado em substituição).
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