O protesto
contra prisões em manifestações no Rio de Janeiro, na quarta-feira passada
(25), foi marcado por novas detenções e pelo diálogo com um promotor, que antecipou
a ativistas o pedido do fim da Comissão
Especial de Investigação de Atos de Vandalismo - (CEIV) — confirmado pelo Ministério
Público (MP) à noite. Mais de 10
pessoas foram detidas por esconder o rosto. Dentre elas, ERON MORAES MELO,
que estava fantasiado de BATMAN e foi levado à delegacia após se recusar
a tirar o disfarce. Às 20h30, ele voltou à manifestação, na Assembleia Legislativa do Rio - (ALERJ), sem a máscara, mas
voltou a colocá-la, até a manifestação ser dispersada, por volta das 21h:
"Eu sabia que poderia ser detido. Fiz isso conscientemente. Expliquei na
delegacia que é um protesto contra essa lei abusiva que proíbe o uso das
máscaras. Ela tem que ser derrubada!". Segundo ele, os policiais o levaram
a delegacia, sem violência. Ele fez um registro de ocorrência e se comprometeu
a voltar para prestar esclarecimentos. Máscaras chegaram a ser distribuídas por
ativistas durante o ato, que criticava também a lei que permite detenções de
mascarados em protestos. Mais tarde, o MP enviou nota ao G1, informando que o
procurador-geral de Justiça, MARFAN MARTINS VIEIRA, encaminhou ofício ao
governador Sérgio Cabral propondo a revogação do Decreto nº 44.305, que
instituiu a CEIV, destacando que que, após 2 meses de trabalho conjunto, a comissão
alcançou bons resultados e cumpriu seus objetivos. O governo do Rio já
comunicou ao MPRJ que concorda com a extinção da CEIV e revogará o decreto.
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