Depois de pedir vistas e
suspender o julgamento do despejo dos vereadores de Campo Grande do prédio onde
funciona a Câmara Municipal, o desembargador MARCO ANDRÉ HANSON adiou novamente
a conclusão do processo para a próxima terça, 5 de fevereiro sob alegação de que
voltou recentemente de férias e não teve tempo hábil para analisar corretamente
o processo. Até agora, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) julgava
favorável o pedido de despejo feito pela Haddad Engenheiros Associados contra a
Prefeitura de Campo Grande, solicitando a saída dos vereadores do prédio da
Câmara. A HADDAD, dona do prédio, pede o despejo por falta de pagamento do
aluguel, em um processo que se arrasta há sete anos. Os desembargadores Oswaldo
Rodrigues de Melo, relator do processo, e Rubens Bergonzi Bossay opinaram por
manter a decisão da juíza Maria Isabel de Matos Rocha, que julgou procedente o
pedido dos proprietários, solicitando a desocupação do imóvel. Segundo a
HADDAD, o aluguel da Casa de Leis está atrasado desde agosto de 2005, gerando
uma dívida que gira em torno de R$ 11 milhões. Caso a decisão que
manda despejar a Câmara seja mantida, o prazo será de 30 dias para a saída do
prédio. Ao falar do caso, o presidente da Casa, MÁRIO CÉSAR (PMDB) – que já
está sendo chamado pelos seus ex-adversos de ‘SEU MADRUGA’ – por suas afirmações
de que caso o despejo seja mantido, vai pedir um prazo, de até 9 meses, para a
Câmara mudar de prédio, ou transformar a dívida em precatório, ou fazer novo
cálculo do vlor do prédio, ou... Enfim, é o legítimo caso do “devo não nego,
mas pagar que é bom...”.