06/11/2012

GUARANÍ-KAYOWÁ: A LUTA CONTINUA...

[CesarFirmino]
Fazendeiros da região de Iguatemi estão recorrendo à segurança particular para evitar novas ocupações de terras por indígenas. Um grupo de ruralistas já contratou uma empresa douradense que está no local fazendo rondas. De acordo com informações, eles temem conflito indígena. A área em questão fica entre Tacuru e Iguatemi, às margens do Rio Hovy. No local está uma pequena comunidade de Guarani-Kaiowá originária do Tekohá Pyelito kue/Mbrakay, que ocupa pouco mais de um hectare de área de mata nativa dentro da Fazenda Cambará, desde agosto do ano passado. Hoje, segundo o jornal “O PROGRESSO”, para chegar ao acampamento, os índios estão atravessando o rio agarrando-se a um arame amarrado de uma margem a outra , (vide foto). O TRF já determinou que os índios guarani-kaiowá podem continuar ocupando as terras. Até a presidente Dilma Rousseff interferiu no problema e determinou que a Fundação Nacional do Índio - FUNAI conclua em até 30 dias os estudos antropológicos para a demarcação do território onde índios guaranis e kaiowás estão em conflito com fazendeiros no MS. O acesso à área ocupada pela comunidade Pyelito Kue é feita pelo Rio Hovy – denominação guarani para o Rio Iguatemi, que significa Lago Azul. A liderança Guarani-Kaiowá, diz que apesar da pressão sofrida por pistoleiros e das dificuldades de acesso, a comunidade, os índios não irão abandonar o acampamento e não têm nenhuma intenção de agir com violência. As únicas armas que usam para lutar contra os pistoleiros são a reza e a dança.