Passadas as eleições municipais de 2012, ficou claro que o eleitor optou pela diversidade e pela renovação. Até o PT - que proporcionalmente obteve a maior vitória de todas (São Paulo) - aparece com um nome novo: FERNANDO HADDAD. É claro que para isso contou com o apoio de LULA e da presidente DILMA ROUSSEFF. A opção pela renovação ficou clara em todo o Brasil, com uma conseqüente perda de espaço para muitos “falsos líderes” tradicionais, forçando uma nova composição de forças. Diga-se, de passagem, que não houve um único grande vencedor nem um único grande perdedor, mas fica evidente que o PT, apesar de ter conquistado a jóia da coroa (São Paulo) saiu fragilizado Brasil afora se levarmos em conta o número de prefeituras que deixou de comandar. As oposições foram ainda pior. Em Salvador (BA), a eleição de ACM Neto deu um fôlego ao DEM. O PSDB ficou menor do que desejaria, embora AÉCIO NEVES tenha ficado mais forte para a disputa presidencial. A grande força nova, consolidada pelo pleito municipal ficou com o PSB. O partido ainda engatinhando, de repente passou a contar com um candidato à presidência da República – EDUARDO CAMPOS, governador de Pernambuco. Já o elevado percentual de ABSTENÇÃO no Brasil todo, quase 20%, somados aos votos BRANCOS e NULOS pode ser considerado como um recado: a revolta do eleitor contra campanhas eleitorais baseadas em ataques virtuais, pesquisas "encomendadas", denúncias vazias, provocações pessoais, na tentativa de desvalorização do candidato adversário. Em Campo Grande, MS, principalmente, isso ficou bem nítido. Então, dado o recado dos eleitores, é hora de os eleitos (prefeitos e vereadores) se concentrarem nos programas de governo e na realidade financeira das prefeituras que assumirão em janeiro. Os eleitos, que não se iludam. Todos já estão sendo policiados diuturnamente pelos eleitores.