Lendo a notícia da “falência moral” do Rádio Clube de Campo Grande, não pude deixar de lembrar de um personagem: IBRAHIM SUED. O mais famoso colunista social do Brasil, nasceu em 23 de Junho de 1924, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Filho de imigrantes árabes, cresceu na Tijuca, Vila Isabel, e morou em quartos de pensão em Copacabana. Iniciou sua carreira em 1946 como repórter fotográfico, mas acabou ficando famoso por entrevistar pessoas importantes da sociedade brasileira. Foi companheiro de personalidades como Carlos Niemeyer, Sérgio Porto, Heleno de Freitas e com eles fundou o Clube dos Cafajestes. Era um homem elegante, mas contava que no início da sua carreira tinha só um terno, que deixava todo dia debaixo do colchão para que não perdesse o vinco. Casou-se em 1958, num mega evento. Em comemoração aos 30 anos de sua coluna de "O Globo", em junho de 1983, deu uma recepção histórica no Copacabana Palace, o mais famoso hotel do Brasil, onde estiveram presentes Marta Rocha, Roberto Marinho, Emílio Garrastazu Médici, Dulce Figueiredo e mais 1500 convidados. Na festa foram consumidos 600 garrafas de champanhe, 300 litros de vinho tinto francês, 120 kg de camarão, 60 kg de lagosta, 10 kg de ‘foie-gras’, 210 patos, além de grande variedade de frutas e saladas. O evento culminou com queima de fogos e desfile de escolas de samba pela Avenida Atlântica. IBRAHIN SUED eternizou bordões como "À demain que eu vou em frente", Sorry, periferia”, e, "Olho vivo por que cavalo não desce escada". Morreu no Rio no dia 1º de outubro de 1995 e ganhou uma estátua em 2004 em frente ao Copacabana Palace. Já não existe mais "high society" como antigamente...