O PT e a presidente Dilma Rousseff estão preocupados com um possível "efeito dominó" da condenação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) no processo do MENSALÃO. Se for por desmitificado o argumento do Caixa-2 do PT para alimentar campanhas políticas de aliados, é possível que os ministros do Supremo Tribunal Federal passem a condenar todos os homens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente José Dirceu. Braço direito de Lula na Casa Civil, entre 2003 e 2005, Dirceu foi apontado pela Procuradoria-Geral da República como "chefe de organização criminosa" instalada no governo àquela época. Amigo do então presidente LULA, João Paulo comandava a Câmara dos Deputados, José Genoino dirigia o PT e Delúbio Soares cuidava das finanças do partido. Em “off”, comenta-se que ministros de Dilma afirmam que uma eventual punição para o grupo de Lula (principalmente para Dirceu, considerado "réu símbolo" do processo), representaria a condenação moral do governo dele. Por enquanto a estratégia no Palácio do Planalto é manter Dilma Roussef distante do julgamento no Supremo como se nada estivesse acontecendo com o PT. A presidente tem acompanhado tudo sobre as sessões no STF e já se confessou preocupada com Genoino, agora assessor do Ministério da Defesa. Se João Paulo for cassado, Genoino é o suplente na fila para assumir a cadeira dele na Câmara. Mas, caso ele seja condenado, pode não chegar lá. Enquanto isso um dos defensores da anistia para José Dirceu na Câmara, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), admite que os prejuízos com o julgamento do MENSALÃO, nessa temporada de eleições, podem ser grandes: "Esse processo enfraquece o PT como um todo, é ruim para todos nós. Dilma, que não é de corrente A, B ou C, sabe disso". Já o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT comentou: "Eu só tenho a lamentar a decisão do Supremo".

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