Em 2023 acaba a vigência do “Tratado de Itaipú” [Itaipu Binacional], cancelando todas as dívidas relacionadas. Isto significa que Brasil e Paraguai deverão sentar-se para negociar novamente uma tarifa. Com o cancelamento da dívida, a tarifa se reduzirá para US$ 17 - agora está em US$ 22,6. Parece que o Brasil prefere continuar assim como está até agora para que o dinheiro que sobre seja destinado ao financiamento de outras centrais. É quase impossível que queira reduzir tendo em conta a crise energética persistente por aqui há vários anos. Na visão dos paraguaios este é um elemento fundamental que os negociadores guaranís não podem ignorar porque comprometeram por 30 anos 1.100 megawats da mesma. Pelo Paraguai, aliás, para resumo da conversa, estarão encarregadas das negociações, segundo o Decreto 9286, 12 instituições: Obras Públicas, Banco Central, Secretaría Técnica de Planificación, Secretaría de Ambiente, Ministerio de Hacienda, Industria y Comercio, Relaciones Exteriores, Procuraduría de la República, Gabinete Civil de la Presidencia, ANDE e as hidroeléctricas Itaipú e Yacyretá. Dos representantes de cada uma destas instituições dependerá que o Paraguai perca ou ganhe nesta negociação, na qual não só está em jogo além da energía elétrica, outros interesses como o meio ambiente. O pactuado pelo grupo negociador deverá ser aprovado pelo Congresso, finalmente, porém – segundo os paraguaios - como este não é uma instituição que se caracteriza por sua honorabilidade e aprovação de leis justas, deve-se exigir dos negociadores que realizem um bom trabalho. Pelo Brasil, a Dama de Ferro dará a última palavra…