28/08/2011

PROFESSORES DA UFMT EM GREVE...

Os professores da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso aderiram ao movimento indicativo de greve por tempo indeterminado. A partir da quarta-feira que passou  (24), os mais de 1.300 docentes cruzaram os braços no campus de Cuiabá (MT) e principais do interior - Barra do Garças e Sinop.  A decisão pelo movimento grevista aconteceu na sede da ADUFMAT - Associação dos Docentes, em Cuiabá, e reuniu centenas de trabalhadores. A UFMT é a terceira a aprovar greve, atrás apenas da UFT (Tocantins), que está parada há mais de 30 dias, e da UFPR (Paraná), que também já deflagrou movimento similar. Neste sábado (27/08), o presidente da ADUFMAT, Carlos Alberto Eilert, e outros representantes dos professores mato-grossenses deveriam viajar para Brasília para um encontro com sindicalistas de outras universidades federais. Como há outras unidades de ensino discutindo proposta de paralisação, a ideia dos professores é aprovar uma data única para deflagração do movimento. Para o professor Carlos Alberto Eilert, um dos defensores da greve, o governo federal está enrolando a categoria desde o mês de agosto do ano passado. Os professores querem a incorporação de todas as gratificações ao salário base do professor graduado (concursado ou temporário), classificado como “auxiliar I”, que trabalha 20 horas semanais e ganha 557,00 reais. Com as chamadas GEMAS - Gratificações por Estímulo do Magistério Superior, a renda chega a 1.600 reais. Os docentes pedem também a aplicação do piso para 2.194,00 reais, valor sugerido como ‘salário mínimo’ pelo DIEESE - Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-econômicos, como garantia de condições dignas para uma família de quatro pessoas. Esse valor seria para quem faz 20 horas e dobraria para aqueles que têm contrato de 40 horas semanas. Os 1,3 mil docentes pedem a reposição das perdas salariais, que segundo eles em 12 anos foi de 152%, e também que não sejam congelados os salários dos servidores federais até 2019, projeto que está no Congresso Nacional. Na realidade, o índice a ser aplicado seria de 91% de reposição salarial, referentes às perdas acumuladas nas gestões dos presidentes Fernando Henrique (44%) e LULA (33%), e mais 14% referentes à inflação e INPC - Índice Nacional de Preço ao Consumidor do último ano. A paridade salarial entre ativos e inativos também está na lista. Nos itens sobre o que os docentes são contra aparece o fim de direitos como mudança no regime de aposentadoria, como sugere o governo. Companheiros, a luta continua...